Sexta-feira Santa

Sexta-feira Santa tem uma tradição aqui em casa: é o dia que, há alguns anos, eu escolhi para agradecer as bençãos que tenho recebido em minha vida.

Esse dia, onde eu estiver, eu dedico a servir minha família e pessoas próximas, que são como família.

Talvez, quem venha, não tenha ideia do quanto esse dia é importante pra mim e o quanto me sinto honrada em receber. E servir.

Me perguntam o tempo todo: “quer ajuda?” “Não vai comer?” Mas, até que todos tenham sido servidos da melhor maneira que eu posso, eu não consigo compartilhar a tarefa. E muito menos comer.

Confesso que a comida vai sem eu saber o sabor: se está no ponto ou se está bom de sal.

É cansativo, mas só fisicamente. Minha alma se alegra de tal forma que, ao final do dia, até as dores foram embora.

Oferecer alimento é, para mim, o mais alto grau de devoção. Preparar um alimento é, para mim, uma forma de oração.

É desse lugar, que se transforma num caos – a cozinha – que preparo a medicina que nos nutre. É nesse lugar que tenho produzido minhas curas.

Nesse dia, eu honro todos aqueles que vieram antes de mim. Eu honro aqueles que ainda seguem ao meu lado e aqueles que, mesmo distantes, se mantém.

Nesse dia, reforço minha fé no trabalho da Luz. Renovo minha esperança na Força Divina. Confirmo meu compromisso de estar nesse plano à serviço.

Desejo, todos os dias, que as nuvens das ilusões se dissipem e que possamos acessar a Verdade.

Que seja uma Páscoa Feliz. Que seja uma Vida abundante.

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