Esse #tbt é pra eu lembrar que julgamos os outros a partir de nossos padrões.
Por esses dias aí, eu andava sozinha (sem marido, para o espanto do povo andino) e uma señora sentou ao meu lado no colectivo.
Depois de perguntar “donde esta su pareja” e se “tenia hijos” ela me disse que eu estava muito magra.
Pensei: “pobrezinha… ela é gordinha e gostaria de ser magrinha como eu”.
Dois dias depois eu fiquei doente, andar era penitência. Não tinha forças para subir a rua e ir até o mercado ou para ir ao hospital.
Enquanto isso, elas subiam e desciam, carregando cestas, sacos, filhos e sorriam. Sorriam com firmeza. Elas tinham “ojas” e era felizes.
Ela estava preocupada comigo. Com meu biotipo facilmente adoeceria naquele clima, naquela altitude e com aquelas temperaturas.
Ela tinha “riqsiy” suficiente pra saber disso. Só depois entendi o que significava o sorriso em seus lábios ao dizer que eu estava muito magrinha…
Ela era mãe. Sabia que eu precisaria de uma por perto, em breve…